Igor Federal: como o brasileiro luta pela unificação do poker no Brasil e no mundo

Igor Trafane, cujo apelido é “Federal”, destaca-se como uma figura proeminente na história do poker brasileiro. Sua influência vai além das conquistas em competições, apesar de ter começado sua jornada no mundo do esporte mental como jogador. No ano de 2009, Federal estabeleceu a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) e empenhou-se ativamente na busca pela regulamentação do poker no território nacional.
Atualmente, sua missão transcende fronteiras, alcançando uma escala global. Mantendo sua posição como diretor da CBTH e ocupando a presidência da Confederação Pan-Americana de Poker Desportivo (CPPD), Federal desempenhou um papel fundamental na criação da World Poker Federation (WPF) em outubro de 2022. No comando dessa entidade, o brasileiro compartilhou insights sobre seus esforços para consolidar e unificar o esporte em escala internacional.
Igor Federal e a unificação do poker no Brasil e no mundo
A criação da WPF foi concebida com a intenção precisa de gerar um movimento global que pudesse unificar o universo do poker. Embora existam inúmeras federações nacionais, a ausência de uma liderança global é evidente. Federal, um empreendedor de 51 anos que possui diversas empresas vinculadas ao poker e lidera associações importantes, explicou o propósito por trás da iniciativa.
“Fundamos a WPF para estabelecer um movimento global que unisse o poker. Há várias federações nacionais, mas falta uma liderança global. Muitas vezes, as políticas esportivas mundiais são moldadas por burocratas e indivíduos externos ao esporte, que não têm uma ligação intrínseca, mas se especializaram em política esportiva. Algumas tentativas foram feitas nesse sentido com o poker, dada a sua natureza próspera e lucrativa, mas não resultaram em mudanças efetivas”, começou Federal.
A visão é replicar o modelo de sucesso implementado no Brasil em escala mundial. Ao fundar a CBTH em 2009, Federal tinha como objetivo fornecer suporte jurídico a todos interessados em praticar poker no país, promovendo e apoiando a atividade. Hoje, esse esforço culminou no BSOP (Brazilian Series of Poker), um evento de proporções gigantescas com inúmeros campeões mundiais brasileiros. Contudo, Federal ressaltou que a percepção do poker varia ao redor do mundo, tornando crucial o acesso a estudos e documentos.
Segundo Federal, a WPF se baseia em três pilares: oferecer apoio jurídico às federações filiadas, unificar os campeonatos mundiais por meio de uma metodologia comum e promover o poker como uma atividade social. Até o momento, a WPF já conta com a adesão de mais de 30 federações e recebeu a aprovação da Associação Internacional de Esportes da Mente (IMSA).
Igor Trafane e seus esforços para unificar o poker mundial
No cenário atual, o poker global é marcado pela presença de dois renomados campeonatos: a WSOP (World Series of Poker), conhecida como a “Copa do Mundo”, e o WPT (World Poker Tour), também reconhecido como um torneio mundial de destaque. Além disso, destaca-se o ranking GPI (Global Poker Index), que utiliza um sistema de pontuação para listar os melhores jogadores em cada temporada.
Federal compartilhou insights sobre a abordagem da WPF, destacando seus dois principais objetivos. “A WPF tem uma dimensão voltada para o aspecto esportivo real. Cada um desses campeonatos afirma ser um evento mundial.
Nosso propósito é consolidar essas forças, desenvolver pelo menos uma metodologia de classificação unificada. Além disso, temos um segundo objetivo de caráter social: transformar o poker em uma atividade saudável e intelectual”, afirmou Federal.